sábado, 8 de março de 2008

Para facilitar a transmissão e a absorção do conhecimento, os seres humanos dividiram o conhecimento em vários compartimentos, comumente chamados de disciplinas: comunicação e expressão, matemática, ciências, estudos sociais, artes, etc. - ou, alternativamente, português, matemática, física, química, biologia, história, geografia, artes, filosofia - para não mencionar sociologia, antropologia, economia, etc.
Essas formas de classificar o conhecimento são artificiais: raramente um problema se encaixa unicamente dentro dos limites de uma só disciplina.
Por isso, quando nos propomos a estudar problemas reais, em vez dos conteúdos geralmente demarcados para uma disciplina, acabamos tendo que adotar uma abordagem interdisciplinar. (Muitos autores preferem termos como multidisciplinar, transdisciplinar ou ainda outros - as nuances de sentido entre esses vários conceitos não são tão importantes aqui quanto o contraste entre uma abordagem disciplinar e uma abordagem que envolve várias disciplinas de forma integrada, que chamaremos de interdisciplinar, por ser este o termo mais comum).
Tomemos como exemplo o problema do meio ambiente.
Nosso meio ambiente contém componentes naturais, que normalmente são estudados pela física e pela química; possui também seres vivos, como plantas, animais e nós mesmos, seres humanos, estudados pela biologia; mas seres humanos também podem ser estudados pela psicologia e, como vivem em sociedade, pela sociologia; como nosso planeta tem uma história, a história precisa ser invocada; como seus territórios estão divididos em unidades geo-políticas, precisamos da geografia; e assim por diante. Dentre os fatores que ameaçam o nosso meio ambiente estão poluentes químicos inorgânicos e biológicos do ar, dos rios, da própria terra; desmatamento desregrado; uso de técnicas agrícolas impróprias; não-tratamento ou tratamento inadequado do lixo doméstico e industrial; crescimento populacional desordenado; consumismo desenfreado; e muitos outros.
É impossível estudar o meio ambiente e tomar as medidas corretivas que se impõem para que não destruamos a nossa Terra, dentro de uma abordagem puramente disciplinar: precisamos enfocar a questão de maneira interdisciplinar. Algumas questões serão equacionadas no âmbito das ciências naturais e biológicas, outras no nível das ciências comportamentais, ainda outras em decorrência da adoção de valores mais adequados. Como tratar desse problema de forma exclusivamente disciplinar? É preciso abordá-lo de uma forma integrada, que envolva várias disciplinas.
O mesmo é verdade acerca de quase todos os problemas interessantes que temos que enfrentar. É por isso que os chamados temas transversais se tornam importantes hoje: eles refletem uma tentativa de transcender os paradigmas disciplinares que têm imperado até hoje na educação escolar e de substituí-los por paradigmas temáticos, interdisciplinares.
“O vestibular da UFRN, ao longo dos anos, tem construído uma imagem de respeito e credibilidade junto à comunidade acadêmica e à sociedade. Suas provas estão pensadas para levar o candidato a confrontar-se com um conjunto de conteúdos indispensáveis para o início de um curso universitário. Nesse sentido, o vestibular procura avançar na perspectiva de um processo mais diagnóstico e avaliativo e não apenas seletivo, voltado apenas para classificar os mais “aptos”.
Em razão da importância que o vestibular da UFRN exerce no sistema de ensino do Rio Grande do Norte, considera-se que ele pode contribuir para elevar a qualidade do Ensino Médio, seja da rede pública ou da rede privada. É nessa perspectiva que o vestibular é considerado como indutor de conhecimentos, uma vez que suas provas exigem que os candidatos revelem conhecimentos e habilidades transversais tipo: saber usar diferentes linguagens; saber ler; argumentar, interpretar, analisar e escrever textos; ter domínio da língua culta; inferir, analisar e criticar gráficos e tabelas; elaborar cálculos básicos, entre outros” (Fonte: www.comperve.ufrn.br).
Baseando-se nas novas exigências impostas pelas bancas elaboradoras de exames vestibulares, o Projeto “Biologia no cotidiano” define-se como um ponto de apoio aos estudantes que estão se preparando para ingressar na universidade, seja a curto ou a longo prazo.

1 comentários:

Chef Kize Santos disse...

Olá irmão! Seu blog está lindo!
Espero que tudo oq vc espera desse projeto se concretize. Vc sabe que torço infinitamente pelo seu sucesso pessoal e que seja sempre assim, fazendo oq você ama fazer de coração. Tudo que é feito com amor, carinho e dedicação é sucesso!


Que 2008 seja seu ano mesmo!


Te amo

Sua irmã torta... Kize