quarta-feira, 16 de julho de 2008

Aula inaugural - Método Científico: a maneira divertida de se estudar Biologia


Sabemos que a ciência, nos dias atuais, é tida em alta conta: vem revestida de autoridade, credibilidade e respeito, não apenas no meio acadêmico, mas também na mídia e no mundo do trabalho. Uma das razões para isso é a popularização do termo método científico, que leva, se e quando utilizado, a resultados confiáveis. No entanto, é necessário começarmos o estudo da Biologia pela compreensão do significado desse termo.A Biologia, como toda ciência, busca respostas e interpretações para o que ocorre na natureza, ou seja, os fatos. A própria palavra ciência deriva do latim e significa conhecer, saber. Essa busca do saber, do conhecer, entretanto, tem de ser feita com critério, e esse critério é o método científico.Os cientistas são pessoas que fazem ciência e, como regra, têm grande capacidade de observação e grande desejo de saber o porquê das coisas. São, assim, grandes curiosos da natureza. Observar é fundamental para se fazer ciência. Eles começam suas investigações observando criticamente os fatos e fazendo perguntas sobre eles, buscando entendê-los. Depois de feita a pergunta, os cientistas procuram formular possíveis respostas: as hipóteses. Uma hipótese científica é formulada a partir de conhecimentos gerais disponíveis sobre o assunto. Formulada a hipótese, esta é testada a partir de experimentos controlados. Se a experiência confirmar a hipótese, esta é verdadeira. Caso contrário ela é refutada e criam-se outras hipóteses, passíveis de experimentação.Em Biologia, assim como em outras áreas do conhecimento, uma hipótese para ter “força” tem de ser, obrigatoriamente, testada a partir de experimentos controlados, onde se utiliza um grupo experimental (grupo teste), aquele em que se promove uma alteração a ser testada, deixando todas as demais condições sem alteração, e um grupo controle, submetido às condições sem nenhuma alteração e que servirá de parâmetro para a análise dos resultados.Trabalhos científicos devem ser escritos descrevendo fielmente procedimentos adotados e resultados obtidos, e apresentando discussões e conclusões fundamentadas.Esses trabalhos devem ser publicados, propiciando ampla discussão na comunidade científica. Outros cientistas podem repetir os experimentos e verificar as hipóteses ou então, a partir das conclusões apresentadas, formular e testar outras hipóteses.Se uma hipótese for confirmada a partir da evidência dos fatos, ela pode se tornar uma teoria, mas nunca uma verdade absoluta. Uma teoria pode ser mudada diante de novas descobertas. Uma teoria é um conjunto de conhecimentos mais amplos, que busca explicar fenômenos abrangentes da natureza, como é o caso da Teoria da Evolução criada por Charles Darwin.É muito comum em ciência se falar em lei, que é a descrição da regularidade com que ocorrem as manifestações de uma classe de fenômenos. Um bom exemplo disso são as Leis de Mendel, formuladas a partir dos resultados provenientes da repetição de experimentos com ervilhas da espécie Pisum sativum.Todo cientista, quando assume uma pesquisa, adota uma postura e segue uma conduta que caracteriza o método científico. Einstein comparou, certa vez, a conduta do cientista com a forma de proceder de um detetive. De fato, o cientista sempre segue os mesmos trâmites‚ que representam as etapas do método científico.De uma forma geral, o método científico divide-se em várias etapas, facilitando o trabalho do pesquisador. São elas:

  • Observação de um determinado fato
  • Delimitação de um problema
  • Levantamento de hipóteses
  • Realização de experiências controladas
  • Análise dos resultados
  • Conclusões

Há três formas de se fazer ciência: métodos dedutivo, indutivo e hipotético-dedutivo.Nas pesquisas científicas é comum se descobrirem “coisas” que não estavam ou não eram previstas nos resultados experimentais. A esses resultados ao acaso, dá-se o nome de Serendipty.

Homeostase da glicose: noções gerais


a) Glicogênese: transformação de glicose em glicogênio. Ocorre no fígado e nos músculos sob ação do hormônio insulina.
b) Glicogenólise: transformação de glicogênio em glicose. Ocorre no fígado sob ação de dois hormônios: glucagon (no jejum) e adrenalina (situações de estresse).
c) Neoglicogênese: formação de glicose a partir de substratos não-glicídicos, tais como lactato, piruvato, glicerol e o aminoácido alanina. Ocorre principalmente no fígado e em pequena quantidade nos rins, sob ação do hormônio cortisol e seus derivados.

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